25 de março de 2015

Costumava...

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Sempre fui auto suficiente. Sempre me bastei. Não sentia necessidade de ter ninguém do meu lado, seja pro que for. Isso não é por conta de corações quebrados, por maldade minha, por amigos ruins, por problemas familiares. Não. Nada disso. Eu apenas sou assim. Bom... Costumava ser.

Hoje sei que esse sentimento era por conta de eu sempre ter pelo menos um amigo em que eu confiava cegamente, alguém pra dividir todas as bobagens, pensamentos, teorias malucas, relacionamentos que não deram certo. Aquela pessoa que te faz se sentir sensacional mesmo se estiverem com a cara toda suja de brigadeiro depois de uma "briga" feliz.

De uns tempos pra cá percebi que posso contar em apenas um mão os amigos que eu tenho, os que eu considero. Não tem mais ninguém em que eu possa confiar. Pode parecer drama de adolescente, mas só que caramba, eu to crescendo, to amadurecendo. É exatamente por isso que sei diferenciar amigos e amigos. Sei que não posso contar meus sonhos pra ninguém, sei que posso ser apunhalada por aquela pessoa que menos espero.

Vendo de fora isso pode parecer bom, pode parecer que os verdadeiros permanecem. Mas não é bem assim que acontece. Quando você percebe que a vida toma um rumo completamente diferente do que você tinha planejado, a maior vontade é dizer "-Para o mundo que eu quero descer!".

Talvez eu só estivesse querendo desabafar, sei lá. As coisas não parecem certas nessas ultimas semanas, talvez seja melhor recuperar aquela pessoa auto suficiente do passado, levantar a cabeça e descobrir que ainda existem 7 bilhões de pessoas no mundo e entre elas, tem alguém em quem eu possa confiar.

O duro é encontrar. Mas prefiro não procurar. Dizem que tudo que tem de acontecer, acontece. Tomara que essa seja mais uma daquelas mentiras sinceras.

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